E uma vez mais encontra-se sentada, em um cais de porto, à espera de um antigo navio...
Em seu peito, saudades ocultas em palavras encarceradas para sempre na oportunidade que se perdeu. Na alma fratura exposta: hemorragia de sentimentos estancados por um pedaço de lembrança. Na mente, devaneios de tardes ociosas, registrados sem folha, nem nanquim: escritos na pele, nos lábios, nos olhos, nos sentidos, imortalizados no desejo do fim da tortuosa espera.
Se faz de conta dentro de seu sonho silencioso: faz-se, fazem-se parte de uma real historia inventada.
Devaneio: simples jogo de ilusão, sonhos, desejos e nada mais.
Triste fim do que já foi feliz começo.
Vaga luz que ilumina seu sorriso desbotado em meio a supremacia do alvorecer.
O tempo escorre pelos frágeis dedos: rápido e cruel, como só o tempo pode ser.
E entre dedos, amanhece.
...
E mais uma vez podemos vê-la sentada em um cais de porto à espera de um navio, que não sabe, mas afundou.
Helen Mezoni
04/09/2006.
01:32 hs.
2 comentários:
Simplemente LINDO !
ahh ... não sou anônimo! só esqueci de colocar meu nome rs rs rs
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