17.3.07

Naufraga de mim mesma...

Recostada em teu peito, senti o timbre da tua voz firme, que tanto me fascina ressonando em meus ouvidos.
Recostada em teu peito senti teu perfume penetrar os poros de minha pele.
Sentia-me pequena.
Sentia-me indefesa.
Sentia-me segura.
Sentia-o.

E já não me importava a chuva que caia lá fora.
Não me importava o que o mundo pensaria.
Nem mesmo o mundo desabando lá fora me importava.

Recostada em teu peito, senti meu rosto enrubescer.
Olhei teu rosto, emoldurei teu sorriso.
Fechei meus olhos, ao som da melodia que de ti emanava, para guardar esse momento em que te fazias tão próximo como jamais o pensei.

Quis guardar-te nesse momento.
Quis lutar contra o tempo: ditador cruel.
Quis pedir que o mundo parasse, que meus olhos já não abrissem para não encarar o que nos aguarda.

Fitei teus olhos juvenis.
Acaricei tua nuca.
Pousei meus lábios nos teus.

Mergulhei no fundo dos teus olhos.
Naufraguei numa saudade constante.

Recostada em teu peito, me perdi em devaneios, canções e notas.
E deixei escapar palavras dos meus olhos.

Diante do mundo, tive pena dele por não conhecer o que hoje conheci recostada em teu peito.



"... foi culpa do certo que nao estava certo quando eu estava ali..."
esse eh pra ti moço!
danosse.

4.3.07


se o que é certo já nao o parece...
se o que é errado virou moda...
já nao sei quem sou ou o que sou...