5.6.08

Vento

E da escuridão de uma casa assombrada pelos fantasmas de um passado por vezes inacabado, surge uma luz trazida pelo vento vindo de um lugar qualquer, fazendo-se ver o tempo passado, e com ele o que não foi vivido, mostrando que o que parecia perdido na verdade estava guardado em uma caixa trancada à sete medos.

Luz que reluz em pedra bruta, lapidada pelo tempo, pelo vento...
Vento.
Que sopra forte, que acaricia o corpo, penetra os poros e invade instancias esquecidas.
Que inesperadamente embaralha o que parecia certo, trazendo o som suave da tarde que lá fora se põe.Que como em prece se pede que jamais cesse...

... Mas é vento: tudo derruba e transforma, e passa deixando apenas um rastro de lembrança na casa vazia.

Helen Mezoni.08/08/2006.

(Re) postado já que este texto fora ganhador de um concurso literario promovido pelo Musico/Compositor/Autor Duca Leindecker este ano.
;)

valeu Duca!