No abraço, os corpos unidos: Em contato quente e real.
Porém, mesmo enlaçados , permaneciam distantes.
Abraçados, seus corpos falavam.A cena se formava, mas ninguém ali queria enxergar o beijo que ali era ensaiado.
Sua barba serrada roçava o rosto alvo dela delicadamente.
O perfume inebriante flutuava brincando pelo ar.
Os olhos dançavam confusos, evitando encontrar-se.
Ele ansiava. Ela queria.
Eles não podiam.
Não deviam.
Mas sucumbiram ao desejo, e renderam-se a doce união dos
lábios.Não deviam.
Simples.
Intenso.
Quente.
E a
realidade bate-lhes a face com delicada luva branca.
E diante de toda culpa e
desejo, a única coisa que lhes restara:
Separam os lábios.
Abandonaram os abraços.
Desviaram-se os olhos...
Separam os lábios.
Abandonaram os abraços.
Desviaram-se os olhos...
...Cada qual seguiu um rumo cego... sem jamais olhar para trás.