8.2.12

Vento - 08/08/2006

E da escuridão de uma casa assombrada pelos fantasmas de um passado por vezes inacabado, surge uma luz trazida pelo vento vindo de um lugar qualquer, fazendo-se ver o tempo passado, e com ele o que não foi vivido, mostrando que o que parecia perdido na verdade estava guardado em uma caixa trancada à sete medos.

Luz que reluz em pedra bruta, lapidada pelo tempo, pelo vento...

Vento.
Que sopra forte, que acaricia o corpo, penetra os poros e invade instancias esquecidas.
Que inesperadamente embaralha o que parecia certo, trazendo o som suave da tarde que lá fora se põe.
Que como em prece se pede que jamais cesse...

... Mas é vento: tudo derruba e transforma, e passa deixando apenas um rastro de lembrança na casa vazia.


Helen Mezoni.

 

Para dar inicio as (re)postagens, resolvi começar pelo meu texto favorito.
Favorito pela ocasião em que foi escrito, pela história que há nas entrelinhas...
Recebeu premiação em um concurso literário promovido pelo Autor/Compositor e Músico Duca Leindecker...





Retomando as atividades...

Bem, faz muito tempo que não publico nada descente aqui...
Mas tomei vergonha, e vim justificar: há tempos venho trabalhando em um projeto um pouco mais ousado do que meus costumeiros textos curtos...
... não sei ao certo se ele realmente vai se concretizar ou vai acabar ficando no meio do caminho...
Mas, bem, estou escrevendo um livro!
...
Sim, eu também fico meio chocada quando escrevo essa frase, ou a pronuncio em voz alta.
Pretenciosa eu?
É, talvez um pouco...
... Mas a gente ainda não paga imposto pra sonhar né?

Então, pra nao deixar o Blog às traças, e também pelo fato de que algumas pessoas ainda nao conhecem meus escritos, resolvi (re)postar alguns textos, pra dar um pouco de movimento aqui, e pra quem quiser conhecer os melhores textos, não precisar ficar fuçando no fundo deste velho baú de escritos...

então é isso...

Quem sabe, eu também poste uns trechos do livro pra adoçar a boca e atiçar curiosidade de quem eventualmente passar por aqui...

beijos e boa leitura!

Helen Mezoni.