8.2.12

Vento - 08/08/2006

E da escuridão de uma casa assombrada pelos fantasmas de um passado por vezes inacabado, surge uma luz trazida pelo vento vindo de um lugar qualquer, fazendo-se ver o tempo passado, e com ele o que não foi vivido, mostrando que o que parecia perdido na verdade estava guardado em uma caixa trancada à sete medos.

Luz que reluz em pedra bruta, lapidada pelo tempo, pelo vento...

Vento.
Que sopra forte, que acaricia o corpo, penetra os poros e invade instancias esquecidas.
Que inesperadamente embaralha o que parecia certo, trazendo o som suave da tarde que lá fora se põe.
Que como em prece se pede que jamais cesse...

... Mas é vento: tudo derruba e transforma, e passa deixando apenas um rastro de lembrança na casa vazia.


Helen Mezoni.

 

Para dar inicio as (re)postagens, resolvi começar pelo meu texto favorito.
Favorito pela ocasião em que foi escrito, pela história que há nas entrelinhas...
Recebeu premiação em um concurso literário promovido pelo Autor/Compositor e Músico Duca Leindecker...





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